quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Comentário sobre o vídeo do Nordeste Brasileiro:

Entendi sobre o vídeo que o povo nordestino, independente da raça e de cultura, se comportam como uma só gente. São unidos e visam um bom futuro.
O nome do país não é originado somente pela árvore Pau-Brasil, mas sim também pela Ilha Brasil, descoberta pelos navegadores.
O povo nordestino sabe sobre tudo da natureza (plantas medicinais e etc). Isso foi possível pela grande influência dos povos indígenas que lá habitavam.
O vídeo também comenta sobre os índios Tupis Guaranis e como eles deixaram sua ''marca'' no país.
Fala sobre a ''regra'' dos judeus serem judeus e índios serem índios.
Fala também sobre a chegada dos portugueses e a colonização.
Antigamente, as pessoas de classe alta éramos nós e não os americanos.
A atividade pastoris conformava não só a vida, mas também a própria figura do homem e do gado. O gado era boa mercadoria, assim como os escravos.
Comenta sobre o sertanejo, que é uma mistura de ameríndios e brancos mestiços.
Fala também o modo que as pessoas resolviam os conflitos, sobre as pessoas passando fome e crianças abandonadas.
Entendi que a coisa mais importante é tentar imaginar um Brasil melhor e acreditar nisso. 

domingo, 16 de novembro de 2014

NORDESTE BRASILEIRO

NORDESTE BRASILEIRO:


A Região Nordeste é a região brasileira que possui a maior quantidade de estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco (incluindo o Distrito Estadual de Fernando de Noronha), Rio Grande do Norte e Sergipe.
As maiores cidades nordestinas, em termos populacionais, são: Salvador, Fortaleza, Recife, São Luís, Maceió, Natal, João Pessoa, Aracaju, Ilhéus, Itabuna, Teresina, Campina Grande, Feira de Santana e Olinda.

História

O Nordeste foi primordialmente habitado pelos homens da Pré-História, posteriormente pelos índios, que antes da colonização ajudavam os europeus na extração do pau-brasil em troca de especiarias, era o escambo; mas foi durante o período de colonização que eles foram  sendo eliminados, devido as constantes "batalhas" contra os senhores de engenhos.
A região foi o palco do descobrimento, os primeiros portugueses chegaram aqui por volta de 1500, ao comando de Pedro Álvares Cabral, na atual cidade de Porto Seguro, no estado da Bahia.
Foi no litoral nordestino que se deu início a primeira atividade econômica do país, a extração do pau-brasil. Países como a França, que não concordavam com o Tratado de Tordesilhas, realizavam constantes ataques ao litoral com o objetivo de roubar aquela madeira tão apreciada na Europa.
Durante o período colonial, no século XVI, a resistência quilombola se iniciou no Brasil, com a fuga de escravos para o Quilombo dos Palmares, na região da Serra da Barriga, atual território de Alagoas, nos vários  mocambos palmarinos chegaram a reunir-se mais de 20 mil pessoas. Mas somente em 1694 é que o Macaco, "capital" de Palmares, foi finalmente tomado e destruído, depois de intensa perseguição, Zumbi dos Palmares foi finalmente capturado e teve sua cabeça degolada e exposta em praça pública no Recife.
A cidade de Salvador foi a primeira sede do governo-geral no Brasil, pois estava, estrategicamente, localizada em um ponto médio do litoral. O governo-geral foi uma tentativa de centralização do poder para auxiliar as capitanias, que estavam passando por um momento de crise. A atividade açucareira é até hoje a principal atividade agrícola da região.

Migração nordestina

Devido  principalmente ao problema da seca na região do sertão nordestino, somados com a grande oferta de empregos de outras regiões principalmente nas décadas de 60, 70 e 80, em especial na região Sudeste, a migração nordestina tem sido destaque na migração nacional.   Mas, na última década, devido à superpopulação nas grandes cidades, os empregos diminuiram, a qualidade da educação piorou e a renda continuou mal distribuída, fazendo com que a maioria  dos nordestinos e descendentes que antes migraram pela falta de recurso, continuassem com estrutura de vida precária. Por causa da visão espelhada nas décadas anteriores, o falso ideal imaginário que se formou em relação à região Sudeste é da promessa de uma qualidade de vida melhor, de fácil oportunidade de emprego, salários mais altos, entre outros; iludido por esse sonho, quando um nordestino migra para o Sudeste em busca de uma melhoria na qualidade de vida, acaba encontrando o contrário, além de sofrer preconceito social no dia-a-dia.


Geografia
A área do nordeste brasileiro é de aproximadamente 1.558.196 km², equivalente a 18% do território nacional e é a região que possui a maior costa litorânea. Um fato interessante é que a região possui os estados com a maior e a menor costa litorânea, respectivamente Bahia, com 932 km de litoral e Piauí, com 60 km de litoral.


Relevo

Uma das características importantes do relevo nordestino é a existência de dois antigos e extensos planaltos, o da Borborema e o da Bacia do rio Parnaíba e de algumas áreas altas e planas que formam as chamadas chapadas, como a Diamantina e a do Araripe. Entre essas regiões ficam algumas depressões, nas quais está localizado o sertão, que é uma região de clima semi-árido.

Clima

O Nordeste do Brasil, apresenta temperaturas elevadas cuja média anual varia de 20° a 28°C. Nas áreas situadas acima de 200m e no litoral oriental as temperaturas variam de 24° a 26°C. As médias anuais inferiores a 20°C encontram-se nas áreas mais elevadas da chapada Diamantina e da Borborema. O índice de precipitação anual varia de 300 a 2.000 mm. 3 dos 4 tipos de climas que existem no Brasil estão presentes no Nordeste, são eles:
Equatorial Úmido -- Presente em uma pequena parte do Maranhão, na divisa com o Pará;
Litorâneo Úmido -- Presente do litoral da Bahia ao do Rio Grande do Norte;
Tropical -- Presente nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí;
Tropical Semi-árido -- Presente em todo o sertão.

Hidrografia

O Nordeste possui importantes bacias hidrográficas, dentre as quais podemos destacar:
Bacia do São Francisco: É a principal da região, formada pelos rios São Francisco e seus afluentes. São praticadas atividades de pesca, navegação e produção de energia elétrica pelas hidrelétricas de Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso e Xingó, delimita as divisas naturais de Bahia com Pernambuco e também de Sergipe e Alagoas, que é onde está localizada sua foz.
Bacia do Parnaíba: É a segunda mais importante, ocupando uma área de cerca de 344.112 km² (3,9% do território nacional) e drena quase todo o estado do Piauí, parte do Maranhão e Ceará. O rio Parnaíba é um dos poucos no mundo a possuir um delta em mar aberto, com uma área de manguezal de, aproximadamente, 2.700 km².
Bacia do Atlântico Nordeste Oriental: Ocupa uma área de 287.384 km², que abrange os estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas. Os rios principais são o Jaguaribe, Piranhas-Açú, Capibaribe, Acaraú, Curimataú, Mundaú, Paraíba e Una.
Bacia do Atlântico Nordeste Ocidental: Situada entre o Nordeste e o Norte, fica localizada, quase que em sua totalidade, no estado do Maranhão. Algumas de suas sub-bacias constituem ricos ecossistemas, como manguezais, babaçuais, várzeas, etc.
Bacia do Atlântico Leste: Compreende uma área de 364.677 km², dividida entre 2 estados do Nordeste (Bahia e Sergipe) e dois do Sudeste (Minas Gerais e Espírito Santo). Na bacia, a pesca é utilizada como atividade de subsistência.

Vegetação

A vegetação nordestina é bastante rica e diversificada, vai desde a Mata Atlântica no litoral à Mata dos Cocais no Meio-Norte, ecossistemas como os manguezais, a caatinga, o cerrado, as restingas, dentre outros, possuem fauna e flora exuberantes, diversas espécies endêmicas, uma boa parte da vida no planeta e animais ameaçados de extinção
Mata Atlântica: Também chamada de Floresta tropical úmida de encosta, a mata atlântica estendia-se originalmente do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, em consequência dos desmatamentos -- que no Nordeste ocorreram em função, principalmente, da indústria açúcareira -- hoje só resta cerca de 5% da vegetação original, dispersas em "ilhas". Foi na mata atlântica nordestina que começou o processo de extração do pau-brasil
Mata dos Cocais: Formação vegetal de transição entre os climas semi-árido, equatorial e tropical. As espécies principais são o babaçu e a carnaúba, os estados abrangidos por esse tipo de vegetação são o Maranhão, o Piauí, parte do Ceará e o Tocantins na Região Norte. Representa menos de 3% da área do Brasil.
Cerrado: Ocupa 25% do território brasileiro, mas no Nordeste só abrange o sul do estado do Maranhão e o oeste da Bahia. Apresenta árvores de baixo porte, com galhos retorcidos, no chão é coberto  por gramíneas, uma espécie de grama e apresenta um solo de alta acidez.
Caatinga: Vegetação típica do sertão, suas principais espécies são o pereiro, a aroeira, o aveloz e as cactáceas. É uma formação de vegetais xerófitos (vegetais de regiões secas), mas é muito rica ecologicamente.
Vegetação Litorânea e Matas Ciliares: Por último, mas não menos importante. Na categoria de vegetação litorânea podemos incluir os mangues, que é um riquíssimo ecossistema, local de moradia e reprodução dos caranguejos e importante para a preservação de rios, lagoas; também podemos incluir as restingas e as dunas que são cenários bem conhecidos do Nordeste; Já as matas ciliares ou matas-galerias são comuns em regiões de cerrados, mas também podem ser vistas na Zona da Mata, são pequenas florestas que acompanham as margens dos rios, onde existe maior concetração de materiais orgânicos no solo, funcionam como uma proteção para os rios. 

 Economia

A renda per capita nordestina evoluiu de US$ 397 em 1960 (41,9% da nacional) para US$ 2.689,96 em 1998 (56% da nacional). Ainda assim, é a região brasileira com a mais baixa renda per capita e maior nível de pobreza. 50,12%  da população possui uma renda familiar de meio salário mínimo e de acordo com o levantamento da UNICEF divulgado em 1999 as 150 cidades brasileiras com a maior taxa de desnutrição se encontram no Nordeste.
A capacidade energética instalada é de 10.142 MW.
Em 2003 seu PIB era de R$214 bilhões ou 13,8% do PIB brasileiro, superando o de países como Chile, Singapura, Venezuela, Colômbia e Peru. Apesar disso, há grandes desigualdades sócio-econômicas na região, por haver o estado mais rico (Bahia) e o mais pobre (Piauí).

Agricultura

A cana-de-açúcar é o principal produto agrícola da região, produzido principalmente por Alagoas, seguido por Pernambuco e Paraíba, também é importante destacar os plantios de algodão (Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte), tabaco(Bahia) e caju (Paraíba e Ceará), uvas finas, manga, melão, acerola, e outros frutos para consumo interno e exportação. . Também destacamos a produção de feijão em Irecê e de soja em Barreiras, Bahia. Nos vales do rio São Francisco (Bahia) e do Açú (Rio Grande do Norte) existe o cultivo irrigado de frutas para exportação. No sertão predomina a agricultura de subsistência, prejudicada às vezes pelas constantes estiagens.

Pecuária

Na região se cria principalmente gado, os maiores rebanhos bovinos estão na Bahia, Pernambuco e Ceará, no sertão os produtores têm sempre prejuízos devido as contantes secas. Caprinos - que são mais resistentes -, suínos, ovinos e aves.
As feiras de gado são comuns nas cidades do agreste nordestino, foram estas feiras que deram origem a cidades como Campina Grande, Feira de Santana, etc.

Indústria

É mais forte e diversificada nas grandes regiões metropolitanas como a do Recife, a de Salvador e a de Fortaleza.
Destaca-se a produção de aços especiais, produtos eletrônicos, equipamentos para irrigação, barcos, chips, softwares, baterias e produtos petroquímicos, além de marcas de etiquetas famosas, calçados de couro e de lona, tecidos de todos os tipos e sal marinho.

Turismo

O imenso litoral com praias belíssimas - muitas intocadas - que são somente comparadas as do Caribe, colocam o Nordeste entre as grandes rotas de turismo no mundo, milhões de turistas desembarcam nos modernos aeroportos nordestinos. Há alguns anos os estados vêm investindo intensamente na melhora da infra-estrutura, criação de novos pólos turísticos, e alguns no desenvolvimento do ecoturismo. O ecoturismo ainda é pouco "explorado" no Nordeste, mas tem grande potencialidade, dentre os roteiros estão as trilhas da Mata Atlântica e a Serra da Capivara  no Piauí, este que é um dos principais parques arqueológicos do país.
A cultura da região é, também, um grande atrativo para o turista, todos  os estados tem folguedos e tradições diferentes. Olinda, São Luís e o Pelourinho - em Salvador - são os grandes atrativos culturais da região, sendo considerados Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
O arquipélago de Fernando de Noronha , com suas ilhas e praias de águas límpidas e cristalinas, também está ganhando destaque nacional e mundial, pelas ilhas é possível avistar os golfinhos saltadores que são uma atração à parte. Outro lugar de destaque são os Lençóis Maranhenses, um complexo de dunas, rios, lagoas e manguezais.

Desenvolvimento humano

Entre os anos 1960 e 1997 houve redução da mortalidade infantil (de 166 para 58,3 por mil), aumento da esperança de vida (de 41 para 64,8 anos), incremento da população alfabetizada (de 34% para 70,6%), abastecimento urbano de água (164 cidades para 1.651 cidades).

Cultura

A região possui uma cultura bem típica e rica. Na música, destacam-se ritmos populares tais como Coco, chachado, martelo agalopado, samba de roda, baião, xote, forró e axé, entre outros rítmos. O movimento armorial do Recife, inspirado por Ariano Suassuna, fez um trabalho erudito de valorização desta riquíssima herança rítmica popular nordestina (um de seus expoentes mais conhecidos é o cantor Antônio Nóbrega). Na culinária, destacam-se pratos típicos tais como carne-de-sol,  vatapá, acarajé, canjica (que é chamada regionalmente de munguzá), feijão e arroz de coco, feijão verde, cozido e o sururu. Na dança, destaca-se o frevo. E nas festividades, há destaques para as festas de carnaval fora de época, como o "CarNatal" em Natal e o "Fortal" em Fortaleza, o "bumba-meu-boi" do Maranhão e o carnaval de bonecos, de Olinda. Quando vai se aproximando o São João a "disputa" é para saber qual é a Capital do Forró, as cidades de Caruaru, em Pernambuco, e a de Campina Grande na Paraíba disputam pelo título. Além disso, há uma vasta e arraigada literatura popular de cordel que remonta ao período colonial (a literatura de cordel veio com os portugueses e tem origem na Idade média européia) e numerosas manifestações artísticas de cunho popular que se manifestam oralmente, tais como os cantadores de repentes e de embolada.